Chamamos de conjuntivite qualquer irritação na pele que temos embaixo das pálpebras, que acaba levando a um olho vermelho, com ardência, coçeira, secreção e fotofobia (dificuldade com a claridade). Elas podem ser infecciosas ou não. As infecciosas podem ser causadas por vírus ou bactérias, e até mesmo pelos dois ao mesmo tempo. A conjuntivite viral é a mais comum, e normalmente ocorre em surtos, pois o seu contágio é muito fácil de ocorrer.
Uma pessoa com conjuntivite viral deve ser afastada das atividades que tenham contato direto com outras pessoas, pois quando coloca a mão nos olhos, ou até mesmo no rosto, tudo aquilo que ela encostar estará contaminado pelas próximas horas, como a sua mesa, o seu computador, o corrimão da escada, o botão do elevador e principalmente a mão de outras pessoas que forem cumprimentadas. E aí se levarmos a mão ao nosso rosto estaremos contaminados também.
Normalmente esse tipo de conjuntivite evolui da mesma maneira que uma gripe, ou seja, dura cerca de cinco dias, e é nesse período que ocorre o contágio das outras pessoas. Isso porque esse é o tempo necessário para o nosso corpo desenvolver as defesas contra o vírus. Na grande maioria das vezes a conjuntivite não deixa sequelas, mas alguns pacientes podem desenvolver baixa de visão por causa de lesões na córnea ou uma conjuntivite mais prolongada por causa de feridas mais graves nas pálpebras.
Por isso é muito importante que seja feito o exame pelo oftalmologista, mesmo que pareça uma simples conjuntivite, pois o tratamento e as orientações podem ser diferentes para cada pessoa.
É sempre válido lembrar que a conjuntivite não se contrai pelo ar, mas por contato direto e por isso não devemos colocar as mãos no rosto sem que lavemos sempre bem as mãos.
Dr. João Arthur Trein Jr